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Filha de paraenses, passei muitas temporadas de minha infância e adolescência em Belém e no interior do Pará.
Conheço muito bem os rios e igarapés assim como a exuberância e imensidão da floresta. Desta memória, vem a série “O Que Resta”, falando da urgência em denunciar o que acontece com essas matas. O material utilizado neste trabalho (carvão e fuligem de plantas queimadas), tem o propósito de intensificar a alusão às destruições causadas pelos diversos incêndios sofridos tanto na Amazônia quanto no Pantanal.
Através do negro, do escuro, do morto e do vazio, a intenção é despertar no observador o sentimento de perda e tristeza, onde cada um pode refletir como reverter esta situação.
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