Mal Passado é a pintura crua, que ainda sangra. Macia como a carne que pretende ser, – resultado da espuma fixada à tela com pregos e do uso da tinta como matéria – remete a um aspecto característico do que é vivo e que pulsa. Ainda em embate com sua verdade como pintura, é embalada como produto, como carne abatida, questionando o próprio lugar da pintura, as relações de comércio e de consumo do mercado de arte. Mal Passado é a pintura que se passa por outra coisa e assim deixa de ser o que era.